No último dia 2, em Forquilhinha – SC, cinco senhoras da mesma família tiveram que interromper as orações que faziam dentro da própria residência, informa o site Gospel Prime.
Durante “Fiscalização de ordem pública em estabelecimentos comerciais e eventos”, com o objetivo de averiguar ocorrência de aglomeração de pessoas, guarnição da Polícia Militar se deslocou à residência e orientou as fiéis a pararem o “culto”.
As senhoras argumentaram não saber que a proibição se estendia às residências, mas obedeceram ao comando.
Apesar disso, a PM lavrou Boletim de Ocorrência (acesse aqui) por suposta infringência ao Decreto Estadual nº 515/2020, que restringiria qualquer reunião de pessoas, inclusive em ambientes privados.
“A guarnição orientou a parar com culto e não ter aglomeração de pessoas para evitar contaminação com vírus covid 19”, constou no documento.
Lideranças evangélicas expressaram revolta com a situação. A repercussão foi tamanha que no dia seguinte o Comandante-Geral da PM esteve pessoalmente na casa alvo da fiscalização e conversou com sua proprietária.
Na ocasião, de forma amistosa, ele tentou argumentar que não há restrição à liberdade de culto, mas existiriam “normas para isso acontecer em segurança”. Não consta que tenha se desculpado ou falado da inviolabilidade do lar e da intimidade.
Ao final da visita foi gravado um vídeo, em que o comandante da corporação pede à proprietária da residência que faça uma oração… aos policiais. A solicitação foi atendida (a partir de 2m50s):
Pelo que parece, a intercessão já provocou milagre: desta vez, não houve registro de ocorrência policial pelo ajuntamento de ao menos quatro pessoas em oração, em frente à casa de uma delas.